Posted: Mar. 03 2005,10:25 |
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PROGRESS: Has your organization seen
progress toward a culture of peace and nonviolence in your domain of
action and in your constituency during the first half of the Decade? |
BELOW: Translation to the English kindly provided by Dra. María Agustina Monti, Buenos Aires. E-mail: amonti@tgzlaw.com.ar
Sim,
atendemos cerca de 60 crianças e adolescentes na Favela do Jaguaré,
muitos deles e muitas famílias perceberam a importância da arte para o
desenvolvimento psicológico e melhora no desempenho escolar, outros se
tornaram lideranças, os adolescentes procuraram mais cursos para
contribuir seu desenvolvimento. Em anexo o depoimento de um aluno que
he está trabalhando num escritório de advocacia.
Também onde
atuamos em parcerias com outras ONGs, as nossas parceiras aperfeiçoam
os seus trabalhos pedagógico e de legitimação dos seus serviços.
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ENGLISH Yes,
we assist about 60 children and teenagers in Favela do Jaguaré, many of
them and families understood the importance of art for a psychological
development and a better school performance, others became leaderships,
the adolescents found more courses to contribute with their
development. For example, one of the students is working in a law
firm. Also where we act in co-owners with other ONGs, our
partners optimize their pedagogical work and of legitimization of their
services.
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OBSTACLES: What are the most important obstacles that have prevented progress?
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A falta de recursos financeiros e, a burocracia do governo.
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ENGLISH
The absence of financial resources and the bureaucracy
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ACTIONS: What actions have been
undertaken by your organization to promote a culture of peace and
nonviolence during the first half of the Decade?
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Cursos
de arte e educação para crianças e adolescentes, eventos para
divulgar legitimar nosso trabalho e valorizar os talentos
infantis.
Movimento com artistas famosos integrando com artistas
da comunidade para divulgar as metas do milênio e promover a paz
oferecendo a oportunidade de expor os talentos existentes nas
comunidades.
Infelizmente falta apoio para continuar este trabalho.
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Jovem que não pinta, vive toda juventude em preto e branco! (escrito por um aluno da Associação)
Ler...
Sentir...Compreender...Mover o olhar... Mudar...Humanizar-se tudo o que
eu estava construindo era um modo de ampliar as minhas possibilidades
de ver e sentir o mundo de outra forma.
Comecei a pensar... que
o ser humano a partir do momento em que ele toma uma consciência de sua
individualidade, ele sente necessidades de expressar seu universo
interior.
E foi isso que realmente me aconteceu. Eu me
libertei com a arte e ela me forneceu outra visão, conhecimentos
e o desejo de ser feliz. Eu fui um adolescente que se sentia excluído
na sociedade, sempre ia mal no colégio e não acreditava em um mundo
melhor.
Por morar numa favela, não tinha esperança alguma de
sair da vida preta e branca e mudar para o mundo do arco-íris. Cada dia
que se passava, eu não acreditava no meu potencial, era revoltado e ao
mesmo tempo tinha uma síndrome de coitadinho; nasci assim vou morrer
assim. Todas essas situações me deixaram muito mal, comecei a ficar
doente, entrei em estado depressivo, porque não conseguia ver as coisas
acontecerem na minha vida, já enfrentava a exclusão social e ainda algo
que me machucava profundamente, era ver que as pessoas não acreditavam
em mim, ninguém tinha à esperança que um dia eu poderia sair dessa
gaiola e voar como uma águia.
Sonhava como qualquer adolescente
sonha, mas não conseguia encaixar as minhas dificuldades em um processo
que me influenciasse e me fizesse acreditar em meus sonhos. Em minha
cabeça passavam mil pensamentos, por conviver em lugar de miséria, de
violência, de roubos e drogas eu pensava que mais tarde eu poderia
virar um viciado em drogas e até mesmo um marginal e assim eu poderia
ter dois caminhos; o cemitério ou a cadeia.
Mas graças à ação da
artista plástica Lucila Maia no Projeto Intregarte (patrocinado pela
artista Minidi Pedroso) com o apoio da Associação Cultural Constelação,
invadiram aquele mundo preto e branco e trouxeram uma porção essencial
do colorido para a minha vida e para a expectativa de conquistar. Quando
o projeto chegou na periferia eu não dei a menor importância, não
quis saber do que se tratava e muito menos quais as informações que
queriam me passar. Mas mesmo assim, me matriculei no curso de desenho e
pintura, entrei com a intenção de sair da mesma forma que entrei, que
ali seria apenas um passatempo, mas tudo que era um sonho para mim, ali
seria como fosse um empurrão para conquistá-los.
Eu já tinha
ouvido falar na arte, mas não conhecia e jamais passaria em minha mente
que eu fosse capaz de colorir e dar a liberdade a minha vida e de
minha família.
Fui aprendendo o senso da vida, tudo o que fazia
era uma surpresa, não só pra mim como também para a minha família e aí
fui acreditando que eu era capaz de fazer as coisas acontecerem em
minha vida, e vi que nasci para dar certo. Passei por um processo de
seleção, esquecer tudo aquilo que vivi no passado, aprender a lidar com
o presente e se preparar para desafiar o futuro. Então percebi que o
tempo não para e quando você se abre para viver aquilo que é capaz de
conquistar, você vive as novidades da terra.
Fui conhecendo o
mundo colorido e apaguei o preto e branco que vivia, dei a
liberdade à arte e vi que cada cor tem uma função em minha vida.
A arte me deu a capacidade de abrir os olhos e enxergar o mundo de
outra forma, então fui acreditando no meu potencial.
As portas
se abrirão na minha vida, antes eu vivia uma vida depressiva e agora eu
vivo a arte e a arte vive em mim. A Arte me ensinou a ser persistente e
nunca desistir daquilo que é o sonho, daquilo que é o desejo do
coração. Ela me influenciou a leitura, comecei a gostar mais de ler e
buscar aquilo que eu ainda não conhecia e isso fez com que a minha área
escolar mudasse completamente. Todos em minha casa começaram a
acreditar em mim e viram que eu já era uma estrela e precisava deles
para que cada dia brilhasse mais e mais.
Comecei a colocar
em prática tudo aquilo que vi que era capaz, fiz um curso
profissionalizante e com 16 anos já exercia a função de aprendiz
de assistente administrativo em um escritório de advocacia. Dobrei
minhas horas de estudo, pois algo que nunca tinha passado em minha
mente, estava a caminho para se realizar, que era uma faculdade.
Resolvi
me preparar para o vestibular, fiz o cursinho da poli, quebrei de vez
com aquela exclusão social, senti a liberdade e força para buscar
aquilo que eu tinha direito na sociedade. Prestei uns dos vestibulares
mais concorridos do Brasil (Fuvest), não consegui fazer a pontuação
exigida, mas só fato de estar ali, já me sentia vitorioso.
Hoje
eu continuo trabalhando, ajudo em casa e se não tivesse conhecido a
arte, minha vida familiar estaria completamente falida e derrotada.
Posso afirmar que já sou vitorioso de chegar no patamar que estou, sou
um ponto de referência em minha casa e também na própria periferia. Hoje
vivo a vida da maneira que tem que ser vivida, batalhar e vencer. O
mundo colorido existe, basta acreditar e se abrir para ele.
A
minha história fez que os meus amigos mudassem seus pensamentos e se
abrissem para viver a vida. Minha família tem hoje o desejo de sair da
periferia e acreditam que somos capazes de viver uma condição melhor. Hoje eu te pergunto: vida colorida ou preta e branca?
Art. 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Toda
criança tem direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o
trabalho, assegurando-lhes:
V – acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um.
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ADVICE: What advice would you like to
give to the Secretary-General and the General Assembly to promote a
culture of peace and nonviolence during the second half of the Decade? |
Maior
mobilização e união entre as ONGs, fazer grandes eventos de promoção da
paz, com grande divulgação na mídia repercussão internacional,
mobilizar artistas renomados, empresas e o governo nesta causa.
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ENGLISH Bigger
mobilization and union between the ONGs, makes bigger events of
promotion of the peace, with big disclosure in the media international
repercussion, mobilize renowned artists, companies and the government
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PARTNERSHIPS: What partnerships and
networks does your organization participate in, thus strengthening the
global movement for a culture of peace? |
- GT de Cultura do Fórum Social Mundial - Rede Cultura da região Sul em São Paulo - Rede Gandhi - IPAZ
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PLANS: What new engagements are
planned by your organization to promote a culture of peace and
nonviolence in the second half of the Decade (2005-2010)? |
Cursos de arte para crianças e jovens Cursos profissionalizantes e artísticos para jovens Incentivo a cooperativas de trabalho Movimento Arte pela paz
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Postal address of organization
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E-mail address of organization
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lucilamaia@constelacao.org.br
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Website address of organization
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http://www.constelacao.org.br
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Highest priority action domain of a culture of peace
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Educação para uma cultura de paz
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Second priority action domain of a culture of peace
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Desenvolvimento sustentável Desenvolvimento sustentável
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Highest priority country of action (or international)
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Brasil:
São Paulo – região Sapopemba (alta violência e miséria) estamos
iniciando um trabalho lá agora em março de 2005. Jardim Miriam 3ª
região mais violenta de São Paulo, estamos fazendo um trabalho lá desde
2004.
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Second priority country of action (or international)
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